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Seminário tem palestras e apresentação de resultados

31/05/2017

A juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT) Jaqueline Cherulli foi a primeira palestrante do Seminário de encerramento da Campanha ‘Combate ao Abuso e à Exploração de Crianças e Adolescentes’, realizado terça-feira (30 de maio), em Cuiabá. A magistrada apresentou um relatório das ações promovidas pela Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) ao longo do mês e, por meio de uma dinâmica, propôs um lema aos presentes: “Eu tenho tudo a ver com isso”. 

Conforme Jaqueline, a campanha foi aberta com uma oficina no dia 2 de maio, visando reunir operadores do Direito, a sociedade civil e autoridades em prol do combate à exploração infanto-juvenil e do estímulo às denúncias de práticas que ferem os direitos da criança e do adolescente. No evento que buscou a interação e a troca de saberes entre os participantes, foram discutidos temas como a inclusão de artigos relativos a bullying e alienação parental no Estatuto da Criança e Adolescente, a massificação do aplicativo de celular SOS Criança (Disque 100) e o lançamento da cartilha da CIJ ‘Não se esconda: denuncie, disque 100’. 

No decorrer das semanas em Cuiabá, as atividades foram desenvolvidas nas escolas Padre Raimundo Conceição Pombo Moreira da Cruz (Parque Cuiabá), Malik Didier Namer Zahafi (Pedra 90), José de Mesquita (Porto) e Fundação Bradesco (Jardim Vitória). Cerca de 2 mil estudantes participaram de palestras, rodas de discussão, apresentação de vídeos educativos, produção de peças teatrais e de um concurso de desenho e redação sobre o tema da campanha. “Durante os trabalhos, a equipe da CIJ pôde observar que ainda existe falta de informação sobre o que é abuso e exploração por parte das crianças e adolescentes, muitos não tinham o conhecimento sobre o que é certo e errado em relação ao próprio corpo”, contou a juíza. 

A magistrada destacou que o saldo foi positivo, que foi “realizada a conscientização, sensibilização e educação de todos os alunos beneficiados pela campanha”. Ressaltou a acolhida das instituições de ensino e informou que haverá uma segunda etapa de ações nas escolas. Jaqueline Cherulli relatou ainda que teve um aumento no número de denúncias em razão da divulgação da iniciativa e da distribuição das cartilhas. “Essa mobilização não pode parar. Vamos sim mudar o mundo porque mudaremos a nossa consciência e, levando isso adiante, mudaremos a cultura do nosso país”, encerrou. 

A psicóloga Eliane Acosta dos Santos, da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), foi a segunda palestrante da manhã. Ela abordou “Os impactos da violência sexual na vida das crianças e dos adolescentes” e disse estar muito satisfeita por saber do trabalho prévio já realizado pela equipe da CIJ nas escolas. “Como vocês já conhecem os conceitos, vamos falar agora dos impactos disso. A violência traumatiza quem passa por ela e até aqueles que estão a sua volta. Às vezes, a reação do adulto diante da violência é que traumatiza a criança e não exatamente o que ela viveu”, frisou. 

Eliane abordou pontos que merecem ser observados e sinais de que a criança pode estar exposta à estimulação precoce. Relacionou as implicações psicológicas do abuso e da violência, tais como: medo das pessoas, isolamento, sentimento de raiva, queda no desempenho escolar, baixa aprendizagem, ansiedade, depressão, alteração no sono, baixa autoestima, queixa de dores, comportamento regressivo (como choro frequente) e comportamento auto lesivo (como cortes no próprio corpo). Por fim, a psicóloga disse ser fundamental não se entregar ao sofrimento, uma vez que é possível denunciar e receber proteção. 

 
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Integrantes da rede de proteção participam de seminário

 
Ana Luíza Anache | Fotos: Otmar de Oliveira (Agência F5)
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