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Semana da Adoção é aberta com premiação de alunos

02/05/2016

“Quando você adota uma criança, você cria um ambiente familiar e relações de afeto para ela. Você está fazendo um bem enorme para essa criança”, defendeu João Pedro Corsi Nocchi, aluno do 7º ano do Colégio Master Junior, um dos estudantes premiados na manhã desta segunda-feira (2 de maio) no VI Concurso de Redação sobre a Adoção promovido pela Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara). 
 
A lição do menino de 12 anos chega a ser surpreendente pela maturidade do raciocínio. João escreveu um texto em primeira pessoa com mais de 30 linhas. “Adoção foi um tema tranquilo, fácil. Busquei representar na história a realidade de muitas crianças do Brasil que sofrem violência dentro de casa, são obrigadas a vender balas para ajudar a família, são filhos de pais usuários de drogas. Quando anunciaram o meu nome, senti muita emoção, foi muito legal”, acrescentou.
 
A divulgação do resultado e a entrega dos prêmios do concurso marcaram a abertura da Semana Estadual da Adoção, realizada no Teatro Zulmira Canavarros, em Cuiabá. O evento é promovido em parceria com a Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT), a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Mato Grosso (CEDCA-MT) e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
 
Foram premiados quatro alunos, autores das melhores redações do 6º ao 9º ano, de 23 escolas públicas e particulares participantes. Os estudantes fizeram o texto em sala de aula, sob supervisão dos professores. O vencedor do 6º ano foi Gabriel Alvarenga, da Escola Municipal Maria Tomich Monteiro da Silva; do 8º ano foi Anna Júlia Miranda do Espirito Santo, da Escola Estadual Souza Bandeira; e do 9º ano foi Luana Velter Rondon, do Colégio Salesiano Santo Antônio. A professora Lenil, da Escola Estadual Maria Macedo Rodrigues, foi sorteada e levou para casa um notebook. 
 
Para a coordenadora-geral da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Cleuci Terezinha Chagas, a importância do evento reside na conscientização da sociedade para o tema. “Precisamos muito dar uma família às crianças e adolescentes institucionalizados, afinal, o lugar deles como todos nós sabemos não é numa instituição e sim numa família. Além disso, consiste em uma mudança de paradigmas para que os pretendentes à adoção passem a reavaliar as suas pretensões e a aceitar a adoção tardia e adoção de crianças com problema de saúde, porque o amor supera todas as barreiras”, considerou a representante do TJMT no evento. 
 
“A adoção possui uma série de desafios a serem superados, que vão além das ações do Poder Judiciário e precisam do apoio da sociedade. Todas as instituições, incluindo a comunidade e os poderes, deverão desenvolver uma série de iniciativas para que as crianças acolhidas sejam adotadas, para garantir a prioridade absoluta preconizada na Constituição e a proteção integral prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, enfatizou o coordenador adjunto da CIJ e juiz auxiliar da CGJ-MT, Luiz Octávio Saboia, que representou a desembargadora corregedora Maria Erotides Kneip.
 
 
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Ana Luíza Anache | Fotos: ALMT
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