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CIJ intensifica combate à violência infantil

11/06/2014

 
“O verdadeiro legado da Copa será a continuidade dos trabalhos de defesa da criança e do adolescente”, disse durante sua palestra a representante do Comitê Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes de Várzea Grande, Dulce Regina Amorim. A palestrante abordou o Enfrentamento às Violações em Megaeventos durante a Oficina CIJ na Copa, promovido pela Corregedoria-Geral da Justiça por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ).
 
 
A oficina foi realizada na manhã desta quarta-feira (11 de junho) na Escola dos Servidores do Poder Judiciário e reuniu, além de magistrados e servidores, membros da rede de proteção da criança e adolescente. A palestrante sugeriu a oportunidade de se articular, antes, durante e depois do evento ações estimuladas pela CIJ. “A violência sexual fere a alma. É um tema que nos obriga a debater e a agir. Agradeço à CIJ pela chance de nos reunirmos e avançarmos neste assunto”. O juiz auxiliar da Corregedoria e coordenador da CIJ, José Antônio Bezerra Filho, salientou o fortalecimento da rede de atendimento. “Este é nosso principal objetivo. Conhecer os trabalhos desenvolvidos, fomentar a discussão, além de esclarecer situações. Tudo para melhorar a proteção a nossas crianças”.  
 
 
 
A segunda palestra teve o tema: Políticas Públicas no Enfrentamento às Violações de Direito da Criança e Adolescente, foi proferida pelo presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), Mauro Cesar Souza. Ele trouxe dados de atendimento do Disk 100, um dos principais parceiros da rede de atendimento e proteção que recebe denúncias. Ele informou que Mato Grosso está em sétimo lugar em número de denúncias, entre os estados brasileiros. A média mensal é de 135 casos, que envolvem crianças e adolescentes de zero a 17 anos. O perfil do agressor é formado por homens com idades entre 12 e 91 anos. Já as vítimas continuam sendo meninas, 68,71% das 5.614 denúncias. “O Estatuto da Criança e do Adolescente nos mostra o caminho certo há 24 anos, mas ainda nos falta estrutura para colocá-lo em prática de fato” frisou.
 
A oficina reuniu conselheiros tutelares, psicólogas, assistentes sociais dos Centros de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) e Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de vários municípios próximos à capital. A assistente social do Cras de Santo Antônio de Leverger, Thaysa Brandão, disse que as pousadas estão lotadas de turistas estrangeiros e que a rede funcionará em horário diferenciado. “Nosso plantão vai das 12h às 3h. Nosso município tem uma particularidade: A violência sexual ocorre muito na zona rural, por isso tentamos ao máximo esclarecer a população já que todos tem essa obrigação de proteger a criança e o adolescente”, informou a assistente social.
 
 
 
A assistente social do socioeducativo do Pomeri em Cuiabá, Adriana Espinoza, participou e destacou a necessidade de se estender as informações. “Devemos compartilhar esse conhecimento com as escolas e a comunidade de forma geral. São os maiores interessados no tema e devem ajudar a combater a violência. Muitas crianças entram em conflito com a lei após uma violência sofrida. Devemos evita-la”. A filha dela ainda é estudante, mas fez questão de participar da oficina para conhecer a realidade. “Ainda não decidi minha profissão, mas gosto do que minha mãe faz e acho muito importante”, assinalou Bianca Isabelle de Freitas Espinoza. O juiz da Vara da Infância e Juventude de Várzea Grande, João Thiago de França Guerra, foi mediador de uma palestra. “A CIJ dá sua colaboração para o enfrentamento a este tipo de violência. Institucionalmente é muito importante. A Justiça está fazendo sua parte”, concluiu o juiz.
 
 
Ranniery Queiroz
Assessoria de Comunicação CGJ-MT    
(65) 3617-3571/3620
 
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