Notícias

Juiz capacita profissionais da área da infância

31/03/2014

Começou na manhã desta segunda-feira (31 de março) na Escola dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso o curso “Justiça da Infância e o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente”. Participam agentes da infância e juventude, psicólogos, assistentes sociais, conselheiros tutelares e demais profissionais que atuam na rede de atendimento. “A proposta é discutir ideias para que os trabalhos sejam disponibilizados da melhor maneira possível. O curso resultará em ganhos efetivos à Justiça da Infância e Juventude”, explicou o juiz auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça Antônio Veloso Peleja Júnior, que conduz as aulas marcadas para as manhãs desta semana (31 de março a 4 de abril), entre 8h e 12h.

O magistrado que desenvolve trabalhos na área e é mestre no assunto abordará a funcionalidade da rede de atendimento da Infância e Juventude, as competências de cada ente que compõe a rede de atendimento, a evolução histórica dos Direitos da Criança e Adolescente, adolescentes em conflito com a lei, crimes praticados contra a criança e adolescente (abusos sexuais, exploração e turismo sexual etc.), entre outros assuntos.

“Vejo o curso como uma oportunidade de olharmos a situação das crianças e adolescentes com olhos mais humanos. São crianças atingidas pela desestrutura social e familiar e que acabam por refletir na própria sociedade. O doutor Antônio está de parabéns pela condução da aula”, pontuou a assessora da Primeira Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, Lidiane Cavalcante de Souza. A coordenadora-geral dos Conselhos Tutelares de Cuiabá, Flávia Cristina da Silva Carvalho, assinalou que o encontro frutificará bons resultados e que há muito a ser feito. “Toda a experiência trocada entre os componentes da rede de atendimento é bem vinda. Fizemos várias sugestões e pedidos, entre elas a da criação de uma vara criminal especializada. Acreditamos que isso fará a diferença na resolução dos casos”. 

O agente da infância e juventude de Cuiabá Jean Clay Damázio Saldanha Silva destacou a necessidade de investimentos. “Precisamos de investimentos na área para melhorarmos os trabalhos. Recursos materiais e humanos, além a implantação dos direitos do plano de cargos, carreiras e salários e, claro, capacitações como esta que estamos tendo”. 
 
A psicóloga da Vara da Infância e Juventude de Várzea Grande, Jaqueline Vilalba Fernandes, destacou a ausência de continuidade nas ações como uma das piores dificuldades enfrentadas. “A falta de continuidade das ações desenvolvidas atrapalha diretamente os trabalhos. Temos os Cras, Creas, conselhos tutelares, escolas... Precisamos unificar conceitos e linguagem e a qualificação é essencial para isso”, concluiu.
 
Ainda fazem parte da rede de atendimento a Defensoria Pública, a Delegacia Especializada em Infância e Juventude (Deca), os conselhos tutelares, os Centros de Referência Especializada em Assistência Social, entre outros.
 
 
Ranniery Queiroz
Assessoria de Comunicação CGJ-MT
corregedoria.comunicacao@tjmt.jus.br
(65) 3617-3571  
 
Leia mais:
 
CIJ: ação resulta em avanços para o socioeducativo
 
 
Confira composição da Coordenadoria da Infância